sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"LUIZ GONZAGA"



Luís ‘Lua’ Gonzaga ‘Gonzagão’ do Nascimento
(Exu, 13 de dezembro de 1912 – Recife, 2 de agosto de 1989)
foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do baião.
Foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira.
Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria desconhecia o baião, o xote e o xaxado.
Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso,
entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias,
ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).
 Luís Gonzaga do Nascimento nasceu numa sexta-feira no dia 13 de dezembro de 1912,
 numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12 km de Exu
(extremo oeste do estado de Pernambuco, a 610 km do Recife e a 80 km de Juazeiro do Norte, Ceará), segundo filho de Ana Batista de Jesus (‘Mãe Santana’) e oitavo de Januário José dos Santos.
O padre José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 1913.
Deveria ter o mesmo nome do pai, mas na madrugada em que nasceu, seu pai foi para o terreiro da casa, viu uma estrela cadente e mudou de ideia. Era o dia de São Luís Gonzaga no mês do Natal,
o que explica a adoção do sobrenome "Nascimento".
O lugar natal é no sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições,
"Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão;
também consertava o instrumento. Foi com ele que Luís aprendeu a tocá-lo.
Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil.
O gênero musical que o consagrou foi o baião.A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos Luís teve sua primeira paixão: Nazarena, (Nazinha) uma moça da região.
Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro e ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luís e Nazarena namoraram algum tempo escondidos e planejavam o futuro.
Januário e Santana lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça.
Revoltado por não poder casar-se com a moça, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luís Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército no Crato (Ceará).
Durante nove anos viajou por vários estados brasileiros, como soldado, sem dar notícias à família.
Não teve mais nenhuma namorada, passando a ter amantes, até se casar.

Carreira 

Em Juiz de Fora, Minas Gerais, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical.
Em 1939, deu baixa do exército na cidade do Rio de Janeiro: Estava decidido a se dedicar à música.
Na então capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade.
No início da carreira, apenas solava acordeão em choros, sambas, foxtrotes e outros gêneros da época.
Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata.
Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, foi aplaudido executando Vira e Mexe, com sabor regional, de sua autoria.O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.
Veio depois sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Lá conheceu o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Daí surgiu a ideia de apresentar-se vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista.
Em 11 de abril de 1945, gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira. Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odaléia ‘Léia’ Guedes dos Santos deu à luz um menino, no Rio.
Luís Gonzaga mantinha um caso havia meses com a moça, iniciado quando já estava grávida.
Sabendo que sua amante seria mãe solteira, assumiu a paternidade da criança, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luís Gonzaga do Nascimento Júnior.
Odaléia, que além de cantora de coro era sambista, foi expulsa de casa por ter engravidado do namorado, que não assumiu a criança. Foi parar nas ruas, até ser ajudada, descobrindo-se seu talento para cantar e dançar, passando a se apresentar em casas de samba no Rio, quando conheceu Luís.
A relação com Luís era conflituosa e, após o nascimento do menino, piorou, com muitos ciúmes. Separaram‐se com menos de 2 anos de convivência. Léia criou o filho, e Luís os visitava.
 Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e reencontroou seus pais, Januário e Santana, que havia anos não sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo.
O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que se tornara sua secretária particular, e por quem se apaixonou. O casal permaneceu até o fim da vida de Luís.
Não tiveram filhos biológicos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram uma menina, a quem batizaram de Rosa.Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose, para desespero de Luís.
O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com 2 anos e meio.
Luís queria levar o menino para morar com ele e Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena não aceitou, juntamente com sua mãe, Marieta, que achava aquilo um absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luís era. Luís não viu saída: entregou o filho para os padrinhos da criança,
Leopoldina e Henrique Xavier Pinheiro, criarem-no no Morro do São Carlos.
Luís sempre visitava a criança e a sustentava financeiramente.
Xavier o considerava filho de verdade e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina uma mãe.

Vida pessoal e família 

 Luís não se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha.
Passou a não ver mais o filho em sua infância, e sempre que o via brigavam.
Achava que ele não teria um bom futuro, imaginando que se tornaria um malandro ao crescer, já que o menino tinha amizades ruins no morro, vivendo com malandros tocando viola pelos becos da favela.
Dina tentava unir pai e filho, mas Helena não gostava da proximidade deles,
e passou a espalhar para todos que Luís era estéril e não era o pai de Luisinho.
Luís sempre desmentia, já que não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no registro civil. Amava o menino de fato, independente de não ser seu filho de sangue.
Na adolescência, o jovem se tornou rebelde: não aceitava ir morar com o pai, já que amava os padrinhos e odiava ser órfão de mãe, e dizia sempre que Luís não era seu pai biológico, o que o entristecia.
Helena detestava o menino e vivia implicando com ele, humilhando-o, e por isso Gonzaguinha também não gostava da madastra, o que os afastou e causou mais brigas entre pai e filho, já que Luís dava razão à esposa. Não vendo medidas, internou o jovem em um colégio interno, para desespero de Dina e Xavier. Gonzaguinha contraiu tuberculose aos 14 anos e quase morreu.
Aos 16, Luís pegou-o para criar e o levou a força para a Ilha do Governador, onde morava, mas por ser muito autoritário e a esposa destratar o garoto, o que gerava brigas entre Luís e Helena, Gonzaga mandou o filho de volta ao internato. Ao crescer, a relação ficou mais tumultuada, pois o filho se tornou um malandro, viciado em bebidas alcoólicas. Gonzaguinha resolveu se tratar e concluiu a universidade, tornando‐se músico como o pai. Pai e filho ficaram mais unidos quando, em 1979, viajaram o Brasil juntos, compondo juntos. Tornaram‐se, enfim, amigos. Era maçom e compôs "Acácia Amarela" com Orlando Silveira.
Foi iniciado na Loja Paranapuan, Ilha do Governador, em 3 de abril de 1971.
Últimos anos, morte e legado Estátua de bronze que, com a de Jackson do Pandeiro, fica de frente ao Açude Velho, Campina Grande, PB, Brasil). Luís Gonzaga sofreu de osteoporose por anos.
Morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.
Foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha persona non grata em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.
Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga é uma homenagem ao cantor.
Em 2012, foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, com o enredo
"O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão",
fazendo com que a escola ganhasse o carnaval carioca deste respectivo ano.
Ana Krepp da Revista da Cultura escreveu: "O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original: o de popular.
De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados.

'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga — De pai para filho]. 

Foi o cantor e músico também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do showbizz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."Em 2012, o filme de Breno Silveira Gonzaga, De Pai Pra Filho, narrando a relação conturbada de Luís com o filho Gonzaguinha, em três semanas de exibição já alcançara a marca de 1 milhão de espectadores.

Sucessos do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ 

(1950), A dança da moda Almeida, Onildo
(1957), A feira de Caruaru do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1953), A letra I; Barbalho, Nelson
(1963), A morte do vaqueiro do Assaré, Patativa
(1964), A triste partida Cordovil, Hervé; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1953), A vida do viajante Dantas, José ‘Zé’ (1952), Acauã    
(1962), Adeus, Iracema do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1953), Á-bê-cê do sertão. Cordovil, Hervé; Araújo, Manuel ‘Manezinho’
(1952), Adeus, Pernambuco do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1953), Algodão Beduíno; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1951), Amanhã eu vou Amor da minha vida, 1960 Teixeira, Humberto; Gonzaga, Luís
(1947), Asa Branca ; Gonzaga, Luís
(1950), Assum-preto Ricardo, Júlio; de Oliveira
(1964), Ave-maria sertaneja Teixeira, Humberto; Gonzaga, Luís
(1946), Baião Nasser, Davi; de Morais, Guio
(1951), Baião da Penha Araújo, Manuel ‘Manezinho’; Renato, José ‘Zé’
(1952), Beata Mocinha Gonzaga júnior, Luís ‘Gonzaguinha’; Gonzaga, Luís
(1965), Boi bumbá Cavalcanti, Armando; Caldas, Clécius
(1950), Boiadeiro Cacimba Nova, 1964 Portela, Jeová; Gonzaga, Luís
(1946), Calango da lacraia Roxo, Amorim; Gonzaga, José ‘Zé’
(1998), "O Cheiro de Carolina", Sua Sanfona e Sua Simpatia Chofer de praça, 1950 Cavalcanti, Armando; Caldas, Clécius
(1951), Cigarro de paia do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1950), Cintura fina Portela, Jeová; do Nascimento, Luís Gonzaga; Lima, Miguel
(1945), Cortando pano Silva, João; Oseinha
(1987), De Fiá Pavi Barroso, Carlos; Teixeira, Humberto
(1950), Dezessete légua e meia do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1954), Feira de gado do Nascimento, Alcebíades
(1948), Firim, firim, firim Marcolino, José; do Nascimento, Luís ‘Lua’ Gonzaga
(1965), Fogo sem fuzil do Nascimento, Luís Gonzaga
(1964), Fole gemedor; Dantas, José ‘Zé’
(1950), Forró de Mané Vito Dantas, José ‘Zé’
(1962), Forró de Zé Antão Ramos, Severino, Forró de Zé do Baile de Castro, Jorge; Ramos, José ‘Zé’ (1955), Forró de Zé Tatu do Nascimento, Luís Gonzaga
(1957), Forró no escuro    
(1944), Fuga da África Queiroga, Luís; Almeida, Onildo
(1967), Hora do adeus do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1952), Imbalança Gonçalves, Alcides; Rodrigues, Lupicínio
(1952), Jardim da saudade Rodrigues, Lupicínio (1952), Juca do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José
(1954), Lascando o cano Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1949), Légua tirana do Nascimento, Luís Gonzaga ‘Gonzaguinha’ júnior
(1964), Lembrança de primavera Granjeiro, Raimundo
(1963), Liforme instravagante Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1949), Lorota boa Torres, Raul
(1948), Moda da mula preta de Araújo, Sílvio Moacir; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1953), Moreninha tentação de Morais, Guio
(1950), No Ceará não tem disso, não Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1947), No meu pé de serra do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1954), Noites brasileiras Marcolino, José; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1964), Numa sala de reboco Guimarães, Luís
(1965), O maior tocador do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1953), O xote das meninas Cavalcante, Rosil
(1962), Ô véio macho do Nascimento, Luís Gonzaga; padre Gothardo
(1981), Obrigado, João Paulo do Nascimento, Luís Gonzaga; Valença, Nelson
(1973), O fole roncou Barros, Antônio
(1967), Óia eu aqui de novo do Nascimento, Luís Gonzaga; Peter Pan
(1951), Olha pro céu Soares, Elias
(1967), Ou casa, ou morre Lima, Miguel; Paraguaçu
(1946), Ovo azul do Nascimento, Luís Gonzaga; Granjeiro, Raimundo
(1955), Padroeira do Brasil Valente, Assis; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1946), Pão-duro Marcolino, José; do BNascimento, Luís Gonzaga
(1962), Pássaro carão de Morais, Guio; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1952), Pau-de-arara do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1955), Paulo Afonso    
(1942), Pé de serra; Lima, Miguel
(1945), Penerô xerém ; Lima, Miguel
(1946), Perpétua de Araújo, Sílvio Moacir
(1952), Piauí Albuquerque; Silva, João
(1965), Piriri do Nascimento, Luís Gonzaga; Simon, Vítor
(1950), Quase maluco; Lima, Miguel
(1947), Quer ir mais eu? Quero chá, 1965 Padre sertanejo,
1964 Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1950), Respeita Januário Ramalho, Luís; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1974), Retrato de Um Forró do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
1955), Riacho do Navio. ; Dantas, José ‘Zé’
(1951), Sabiá ; Guimarães, Luís
(1964), Sanfona do povo Almeida, Onildo
(1962), Sanfoneiro Zé Tatu do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1952), São-joão na roça ; Dantas, José ‘Zé’ (1956), Siri jogando bola Asfora, Raimundo; Cavalcante, Rosil, Tropeiros da Borborema do Nascimento, Luís Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’
(1950), Vem, morena
(1941), Vira-e-mexe Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luís Gonzaga
(1950), Xanduzinha Clementino, José
(1967), Xote dos cabeludos

Discografia 

1956 Aboios Vaquejadas
1957 — O Reino do Baião
1958 — Xamego
1961 — Luiz "LUA" Gonzaga
1962 — Ô Véio Macho 1962 — São João na Roça
1963 — Pisa no Pilão (Festa do Milho)
1964 — A Triste Partida
1964 — Sanfona do Povo
1965 — Quadrilhas e Marchinhas Juninas
1967 — O Sanfoneiro do Povo de Deus
1967 — Óia Eu Aqui de Novo
1968 — Canaã
1968 — São João do Araripe
1970 — Sertão 70
1971 — O Canto Jovem de Luiz Gonzaga
1971 — São João Quente
1972 — Aquilo Bom!
1972 — Volta pra Curtir (Ao Vivo)
1973 — A Nova Jerusalém
1973 — Sangue de Nordestino
1973 — Luiz Gonzaga
1974 — Daquele Jeito...
1974 — O Fole Roncou
1976 — Capim Novo
1977 — Chá Cutuba
1978 — Dengo Maior
1979 — Eu e Meu Pai
1979 — Quadrilhas e Marchinhas Juninas, vol. 2 — Vire Que Tem Forró
1980 — O Homem da Terra
1981 — A Festa
1981 — A Vida do Viajante — Gonzagão e Gonzaguinha
1982 — Eterno Cantador
1983 — 70 Anos de Sanfona e Simpatia
1984 — Danado de Bom
1984 — Luiz Gonzaga & Fagner
1985 — Sanfoneiro Macho
1986 — Forró de Cabo a Rabo
1987 — De Fiá Pavi
1988 — Aí Tem
1988 — Gonzagão & Fagner 2 — ABC do Sertão
1989 — Vou Te Matar de Cheiro
1989 — Aquarela Nordestina
1989 — Forrobodó Cigano
1989 — Luiz Gonzaga e sua Sanfona, vol.2